Dizia Manoel Oliveira, com a sua centenária sabedoria, que a Fé é a chave para uma vida preenchida. Trata-se de uma Fé que não é necessariamente mística, mas que traduz uma certeza daquilo que se faz. E Manoel, que pilotou carros e realizou incansavelmente até à sua partida, aos 107 anos, saberá que o envolvimento em tamanhas actividades só foi possível quando nelas encontrou significado.
A Fé nem sempre é bem vista. O significado de tudo aquilo que nos rodeia pode até mesmo ser dissolvido e lixiviado, entre a rotina que nos é transmitida pelo grande entretenimento e a vida doméstica, que é tão bem dissecada nas redes sociais. Assim, numerosas experiências do dia-a-dia podem retirar o significado das nossas acções: a desorientação nos subúrbios dispersos, os carros velozes onde cada um, solitário, deixa de sentir a estrada, tal é o apetrechamento da suspensão hedonista. O individualismo acaba por se tornar na maior das histerias colectivas, pois que nem o sexo, a alimentação ou os festivais de Verão escapam à obsessão do super-ego. Diz o Estudo que o Sexo faz bem à saúde. E que a dieta vegetariana poupa as varizes. E que saltar no meio da multidão faz perder calorias.
Aumentam os suicídios. São pessoas que, mesmo que estejam ligadas em rede ao resto da Humanidade, carregam a angústia da solidão. Entretanto, aparecem mais e mais estudos, que mostram a forma como a comunidade científica observa, impotente, o impacto do estilo de vida ocidental: derretem os pólos; secam os rios e inundam-se os mares. São doenças das sociedades ditas desenvolvidas. Por isso, é melhor nem fazer o que os avós faziam: imaginar o mundo daqui a 50 anos, em 2065. Para quê? Mais vale saltar ao som da música. Depois... Depois salve-se quem puder!
No âmago deste individualismo colectivista, o que resta da Fé? Como escreveria Aldoux Huxley, ou se crê num Deus, ou se converte ao Comunismo. Mas a Fé também pode estar nas atitudes mais simples. Contudo, a Fé mais intensa, aquela que leva alguém a mover-se por uma ideia até às últimas consequências, parece ser vista como algo de ingénuo, senão extremista.
Do Oriente surgem as mais insólitas notícias. Que o Estado Islâmico tem sido comprometido por curdos valentosos. E que, pasme-se, morrem cristãos. Pessoas há que, no Oriente, professam uma religião que forjou a cultura ocidental, mesmo que isso lhes possa custar a vida.
Com medo de sair da moderação, o Ocidente vê comprometidas as conquistas que, séculos volvidos, trouxeram uma qualidade de vida sem precedentes. Durante quanto tempo iremos defender os nossos valores?
A Fé nem sempre é bem vista. O significado de tudo aquilo que nos rodeia pode até mesmo ser dissolvido e lixiviado, entre a rotina que nos é transmitida pelo grande entretenimento e a vida doméstica, que é tão bem dissecada nas redes sociais. Assim, numerosas experiências do dia-a-dia podem retirar o significado das nossas acções: a desorientação nos subúrbios dispersos, os carros velozes onde cada um, solitário, deixa de sentir a estrada, tal é o apetrechamento da suspensão hedonista. O individualismo acaba por se tornar na maior das histerias colectivas, pois que nem o sexo, a alimentação ou os festivais de Verão escapam à obsessão do super-ego. Diz o Estudo que o Sexo faz bem à saúde. E que a dieta vegetariana poupa as varizes. E que saltar no meio da multidão faz perder calorias.
Aumentam os suicídios. São pessoas que, mesmo que estejam ligadas em rede ao resto da Humanidade, carregam a angústia da solidão. Entretanto, aparecem mais e mais estudos, que mostram a forma como a comunidade científica observa, impotente, o impacto do estilo de vida ocidental: derretem os pólos; secam os rios e inundam-se os mares. São doenças das sociedades ditas desenvolvidas. Por isso, é melhor nem fazer o que os avós faziam: imaginar o mundo daqui a 50 anos, em 2065. Para quê? Mais vale saltar ao som da música. Depois... Depois salve-se quem puder!
No âmago deste individualismo colectivista, o que resta da Fé? Como escreveria Aldoux Huxley, ou se crê num Deus, ou se converte ao Comunismo. Mas a Fé também pode estar nas atitudes mais simples. Contudo, a Fé mais intensa, aquela que leva alguém a mover-se por uma ideia até às últimas consequências, parece ser vista como algo de ingénuo, senão extremista.
Do Oriente surgem as mais insólitas notícias. Que o Estado Islâmico tem sido comprometido por curdos valentosos. E que, pasme-se, morrem cristãos. Pessoas há que, no Oriente, professam uma religião que forjou a cultura ocidental, mesmo que isso lhes possa custar a vida.
Com medo de sair da moderação, o Ocidente vê comprometidas as conquistas que, séculos volvidos, trouxeram uma qualidade de vida sem precedentes. Durante quanto tempo iremos defender os nossos valores?